Paciente

segunda-feira, novembro 27, 2006

My name is Bond

Quando assistimos à intodução do filme percebemos que não se trata de um mais um filme sobre as aventuras de James Bond. O tema do incrível Chris Cornell acompanha uma introdução onde não se vislumbra um único perfil feminino...

Aos 15 minutos de filme decidi olhar para James Bond como se se tratasse de um estagiário. Alguém que partilha o mesmo nome do famoso agente secreto, acabadinho de receber o estatuto de agente 00. Não podemos ver este filme como se se tartasse da primeira aventura de Bond pela quantidade de anacronismos: desde os telémoveis, aos automóveis... a própria M, que não sendo uma mulher no original de Fleming, revela que ter saudades da Guerra Fria, habitat de James Bond.
Ontem, na última página do jornal Público, uma pequena nóticia dava conta que Daniel Craig ultrapassa Sean Connery na preferência dos fãs de James Bond. Impossível... impensável...
Daniel Craig é um novo Bond. Um Bond que não dá grande importância ao que bebe e como o bebe. Um Bond rico em sarcasmo, contudo impulsivo. Um Bond que, ao contrário dos anteriores, sangra, é ferido e se apresenta de cabelo desalinhado. Por tudo isto digo ser um Bond em estágio. Tal como nos comics, tal como o Batman ou o Super-Homem, heróis que com o tempo passaram a revelar características mais humanas, fisica e psicologicamente, este novo Bond sofreu uma transformação. Não direi que se trata de um mau James Bond, nem mesmo fraco. É simplesmente um novo James Bond.